Uma conversa pode mudar uma situação. É pensando assim que desde 1º de julho, o número 188 a a ser gratuito em todo o Brasil. Por meio dele o Centro de Valorização da Vida e o Ministério da Saúde, com o apoio dos municípios, atuam na prevenção de suicídios e salvam milhares de vidas. Em Anápolis, esse vai ser um instrumento de auxílio às três unidades do Centro de Atenção Psicossocial: Crescer, para tratamento infanto-juvenil; Vida Ativa, destinado a adultos; e AD Viver, para atendimento a dependentes de álcool e drogas.
No Município, o número é visto como um e nesta situação tão difícil e que requer muita atenção. ´São voluntários treinados que estarão do outro lado da linha e que podem salvar vidas´, informa a gerente de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, a médica Ana Paula Mizuno Mahmud. Os atendentes, treinados para esse serviço de apoio, vão conversar com a pessoa em situação de risco e encaminhá-la ao tratamento adequado, em consonância com os Caps.
Ana Paula conta que, em Anápolis, tem aumentado o número de tentativas de suicídio e automutilação no público infanto-juvenil, mas que há uma rede de apoio pronta para receber a quem precisa de ajuda. ´Há um crescimento de casos nesse público, mas ao mesmo tempo, temos conseguido evitar o pior e oferecer o tratamento necessário´, diz
Caps
As três unidades do Caps em Anápolis trabalham mediante encaminhamento das unidades de saúde. O Centro de Apoio Psicossocial da Infância e da Adolescência – Caps I Crescer atende crianças e adolescentes que possuem algum tipo de transtorno mental. A unidade conta com psiquiatras; terapeutas ocupacionais; fonoaudiólogos, enfermeiros e técnicas em enfermagem.
Esta mesma equipe multidisciplinar é encontrada nos Caps AD Viver e Vida Ativa. Os Caps são serviços da Rede de Atenção Psicossocial destinados a prestarem atenção diária a pessoas com transtornos mentais. As unidades oferecem atendimento à população, realizam o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo o ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
Ainda, atendem aos usuários em seus momentos de crise e apoiam a eles e às suas famílias na busca de independência e responsabilidade para com seu tratamento. Os projetos desses serviços, muitas das vezes, ultraam a própria estrutura física, em busca da rede de e social, potencializadora de suas ações, preocupando-se com a pessoa, sua história, sua cultura e sua vida cotidiana.
CVV
O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma associação civil sem fins lucrativos que trabalha com prevenção ao suicídio, por meio de voluntários que dão apoio emocional a todas as pessoas que querem e precisam conversar. A ligação, gratuita, por meio do 188, começou a ser implantada em Santa Maria (RS), há quatro anos, após o incêndio na boate Kiss, que matou 242 jovens. O centro existe há 55 anos e conta com mais de dois mil voluntários que atuam na prevenção ao suicídio. A assistência, também, é prestada pessoalmente, por e-mail ou chat.
Um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde estendeu a gratuidade para todo o País. Por meio do número, pessoas que sofrem de ansiedade, depressão ou que correm risco de cometerem suicídio, conversam com os voluntários da instituição e são aconselhados. Eles recebem treinamento adequado e todas as ligações são sigilosas.