Ministro da Previdência participa de audiência na Câmara em meio a escândalo que envolve descontos indevidos em benefícios
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, compareceu nesta terça-feira (29) à Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados para apresentar os planos e estratégias da pasta para 2025. No entanto, o encontro ganhou contornos mais tensos diante da revelação de um esquema de fraudes que pode ter desviado mais de R$ 6 bilhões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Desvios bilionários
A Polícia Federal investiga descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas, supostamente aplicados por associações e entidades sem consentimento dos beneficiários. O montante desviado, segundo estimativas da PF, já ultraa os R$ 6 bilhões, o que despertou reações de parlamentares e pressionou o ministro a se posicionar durante a audiência.
Apesar de o convite a Lupi ter sido feito anteriormente ao escândalo, os deputados aproveitaram a presença do ministro para cobrar explicações e discutir medidas de responsabilização. Parlamentares da oposição articulam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (I), apelidada de “I do Roubo dos Aposentados”, para aprofundar as investigações.
I ganha força
A coleta de s para protocolar a I teve início na semana ada. Até esta segunda-feira (28), já havia o apoio formal de 150 deputados — a solicitação precisa alcançar 171 adesões e depende de decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para avançar.
Carlos Lupi afirmou que o ministério tem colaborado com as investigações e reforçou o compromisso de garantir transparência na gestão dos recursos da Previdência. O ministro também destacou a necessidade de aprimorar os sistemas de fiscalização para evitar novos casos.
Enquanto isso, o escândalo se torna um dos principais focos de tensão entre o governo e o Legislativo, com pressão crescente por respostas rápidas e ações concretas para recuperar os valores desviados e proteger os beneficiários do INSS.
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