Distritos industriais

Após haver reinado absoluto por décadas, o Distrito Agro Industrial de Anápolis, o DAIA, aos poucos, tem sido cercado (e, ameaçado) por projetos semelhantes. Não é à toa que cidades como Aparecida de Goiânia (tem três) Rio Verde, Senador Canedo, Catalão, Itumbiara, Luziânia e, até, Brasília, cujo projeto inicial era para ser a capital istrativa do País, já têm distritos em pleno funcionamento.
A última ameaça, agora, vem de Goiânia. Esta semana o prefeito de lá, Sandro Mabel, anunciou que está em estudo um projeto para a criação de distritos (no plural) na Capital do Estado. E, as lideranças político/empresariais de Anápolis não deram um pio. Parece concordarem, pacificamente, com mais um concorrente de peso, bem no seu quintal. Assim sendo, empresas que, em tese, poderiam vir para o tal DaiaPlam, por certo, vão, pelo menos, ouvir as propostas goianienses.
Desmame

As recentes medidas de contenção de gastos adotadas pela Mesa Diretora da Câmara Municipal, ao que consta, não têm sido acatadas pacificamente. Nos bastidores do Poder Legislativo há certa inquietação com o fim de alguns “privilégios”, também, chamados penduricalhos, o que tirou muita gente da “zona de conforto”. Nos corredores têm sido comuns os buchichos de descontentamento devido às regalias que foram cortadas. A conferir….
Presidente Kennedy

A exemplo do que já aconteceu com outras avenidas, como a Brasil, a São Francisco, a Universitária, a Fernando Costa, a Pedro Ludovico, a Tiradentes e a Minas Gerais, a Avenida Presidente Kennedy, de ponta a ponta, se transformou em um dos mais importantes eixos comerciais de Anápolis e, aos poucos, perdeu as características de via urbana residencial. As moradias que ali existiam há décadas, têm dado lugar a estabelecimentos empresariais, principalmente na área prestacional de serviços.
E, tem de tudo. Vai desde empresas que comercializam produtos alimentícios, até as dedicadas a serviços automotivos São dezenas de oficinas mecânicas, postos de combustíveis, garagens, farmácias supermercados, lojas de material para construção e outros. E, de acordo com a avaliação de quem vive/ou trabalha na Kennedy, falta um maior número de agência bancárias, inclusive uma agência lotérica. Fica a dica.
Fim de uma era

A anunciada desapropriação do, outrora, famoso Jóquei Clube de Goiás, imponente área de lazer que fica no coração de Goiânia, destinada à elite da Capital, comunicada esta semana pela prefeitura goianiense, sob a alegação de que o local irá se transformar em um grande espaço cultural, é, apenas, mais um caso de desativação desses projetos que duraram décadas. Desde os anos 30, existem os clubes sócio/campestres espalhados por todo o Brasil. Mas, a evolução social e as constantes crises econômicas sepultaram o antigo hábito de se reunir a família nas manhãs de domingo e seguir para as citadas áreas de lazer, onde se ava o dia.
Hoje, isto é raridade no Brasil. Até o Jóquei Clube de São Paulo, o mais poderoso de todos, está desativado e com uma dívida monstruosa, “impagável”, como diria o ex-ministro Antônio Magri. Esses clubes praticamente, sucumbiam. Outros agonizam com problemas insuperáveis. Os sócios desapareceram. A falta de tempo e outras alterações comportamentais, decretaram a agonia dos clubes. Os que, ainda, funcionam, são raridades.
Anápolis, por exemplo, já viveu uma época áurea de clubismo, com vários desses locais disponibilizados para as mais diferentes classes sociais. As atividades esportivas, os bailes de carnaval, as festas juninas, com o tempo, deixaram de existir. Hoje, a rigor, quase todos desapareceram, ou, estão em sub-uso.
Nem se fala, mais, em Lírios do Campo; Ipiranga; CRA; Jóquei; Panorama e outros que ficaram, apenas, na lembrança dos anapolinos e na saudade que o tempo se encarrega de apagar da memória de quem viveu aqueles momentos.
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