Uma marcha simboliza ato de uma tropa, não necessariamente rumo à guerra, mas também para manter a paz. Uma caminhada pode significar muitas coisas, inclusive, um o de conscientização para mostrar que pessoas na sociedade estão trilhando, unidas, para combater o bom combate.
No final da tarde de quinta-feira (12), a Secretaria Municipal de Assistência e Políticas Sociais realizou em Anápolis uma caminhada de conscientização da população em relação ao trabalho infantil.
Os participantes saíram da porta do Colégio São Francisco em direção à Praça Dom Emanuel, no Bairro Jundiaí, num percurso pequeno, mas de grande simbolismo, porque a cidade não está alheia à realidade do trabalho infantil, uma prática proibida pela legislação brasileira, porém, infelizmente, muito recorrente. E, a depender da extensão da exploração infantil, ela pode até configurar crime.
A caminhada foi liderada pela secretária de Assistência e Políticas Sociais, Jordana de Faria, e contou com a presença da primeira-dama, Carla Lima Corrêa e dos vereadores Elias do Nana, Cleide Hilário e Seliane da SOS. Além de representantes de do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).
O dia não foi escolhido por acaso. É que em 12 de Junho celebra-se o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, data essa instituída em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho, a OIT, com o objetivo de conscientizar governos, organizações, empresas e a sociedade em geral sobre a necessidade de combater o trabalho infantil.
A Prefeitura de Anápolis, portanto, através de sua área social, juntou-se a esse movimento mundial, fazendo a sua parte.
De acordo com a secretária Jordana de Faria, ainda é preocupante no município a quantidade significativa de crianças que ficam nos sinaleiros ou perambulando pela noite vendendo algum tipo de produto e, muitas vezes, acompanhados de pertos pelos pais.
Contudo, ela reforça que lugar de criança é na escola, onde ela pode progredir e alcançar maiores objetivos na vida. A secretária também destacou que a Prefeitura tem vários programas de fortalecimento de vínculos, onde as crianças assistidas podem participar de atividades diversas como música, balé, entre outras atividades infantis e, também, esportivas.
Na sua avaliação, a conscientização da sociedade é importante, para inclusive orientar que ela não compre produto das crianças que estão nas ruas, para quebrar esse vínculo que elas têm e possam, efetivamente estudar, brincar e viver a infância em segurança.
O trabalho de conscientização e prevenção realizado no município é um trabalho de caráter permanente com as equipes da secretaria que atuam nas ruas e realizam busca ativa para fazer o acolhimento das crianças e para fazer o acompanhamento junto à família.
Especialistas afirmam que o trabalho infantil viola direitos fundamentais e contribui para perpetuar o ciclo de pobreza. Além do que, crianças que trabalham têm menos o à educação, sofrem maior risco de acidentes, exploração e violência, e podem ter o desenvolvimento e a saúde comprometidos.

Se você presenciar ou tiver conhecimento de alguma situação de trabalho infantil, denuncie! Sua ação é fundamental para proteger crianças e adolescentes:
- Disque 100 (Disque Direitos Humanos)
É um canal gratuito, 24 horas por dia, que recebe denúncias anônimas e as encaminha para órgãos competentes.
- Ministério Público do Trabalho (MPT)
Por meio do site www:mpt.mp.br ou pelo aplicativo MPT Pardal, é possível denunciar casos de trabalho infantil, de forma sigilosa.
- Conselhos Tutelares
Podem ser acionados para atuar na proteção dos direitos de crianças e adolescentes em situações de trabalho infantil ou outras violações.
- Aplicativo Proteja Brasil
Aplicativo desenvolvido pela OIT e pelo governo federal, onde é possível denunciar casos de trabalho infantil e outras violações dos direitos das crianças.
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