Um sistema governamental que trabalha, por dois trimestres consecutivos, com queda econômico-financeira está, tecnicamente, em recessão. É o que ensinam os especialistas. Esse período revela declínio econômico, com cálculos na comparação feita com o semestre anterior. Desta forma, o agravamento dessa contração na economia, somado a um grande impacto no desemprego e na renda, junto com o encolhimento dos setores, representa, de fato, uma recessão econômica, que é essencialmente onde nascem as grandes crises. É o que se vive, atualmente, no Brasil. O Governo não consegue se acertar. Além do interminável embate com a classe política (Congresso Nacional-Centrão) cada vez mais exigente e cada vez mais ávida e avarenta por dinheiro público, ainda está às voltas com a crise da chamada “economia globalizada”. Todo dia estoura uma crise nova, todo dia os jornais, a TV, as revistas e as redes sociais estampam casos e mais casos de situações adversas que encaminham a sociedade brasileira para um abismo sem fim.
Um desemprego na casa dos dois dígitos que insiste em prevalecer, aliado ao travamento de setores essenciais e indispensáveis ao crescimento econômico, fortalecem e a situação de insegurança jurídico/social, com o desânimo que bate às portas dos investidores e dos movimentadores do dinheiro em suas mais diversas derivações. O comando geral da Nação se mostra impotente, incapaz mesmo, de assumir as rédeas do País que pode ser comparado a um rico e luxuoso transatlântico, mas que está sem um comandante com pulso firme para definir a rota segura. O Brasil está à deriva e só não naufragou ainda, devido a uma série de conspirações positivas, como o reforço do agronegócio que tem sido, literalmente, “a salvação da lavoura”. Nunca se vendeu tanta comida para os mercado interno e externo, este último em êxtase por conta da demanda vivida no atual contexto. É um dinheiro bom que entra em momento oportuno. Mas, ainda, é pouco. Precisamos mais. O mundo, atualmente, precisa de (muita) comida. E o Brasil tem muita comida para vender.
Os números não mentem… Além dos milhões de desempregados e dos milhões que vivem do subemprego (bolsas sociais, ajudas humanitárias e seus derivados) ainda há a falta de uma melhor estruturação socioeconômica. Doar 600, 800 reais para milhões de famílias não resolve o problema social. Doar 200 reais para o estudante permanecer na escola, também, mesmo que ajude, não seria a solução. O Brasil precisa, para ontem, de um projeto arrojado que crie postos de trabalho, que ofereça condições para o empreendedorismo crescer, que se estabeleça a justiça social e, que, principalmente, não se roube tanto dinheiro público como tem sido roubado.
O certo é que estamos na contramão da história. A inadimplência das famílias estabelece um recorde em cima do outro. Os preços dos alimentos e de outros gêneros e produtos básicos sobem muito e aceleram a inflação e bem inferior aos reajustes salariais. Tudo isso, certamente, devido à falta de compromisso dos integrantes dos poderes constituídos para com o povo que os escolheu.
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