De novo, o Brasil tá de olho na vida de gente que nem é bem artista. Seja no “tigrinho” ou no forró “Vacilão”, o povo só fala de figuras que vivem das redes sociais.
Por Vander Lúcio Barbosa
A recente separação de um casal “famoso” por causa da internet escancara uma verdade meio chata: a atenção nacional vira pro nada, pra coisas rápidas e, no fundo, vazias.
Essa nossa fixação com “ídolos” e influenciadores digitais é um sinal claro da fragilidade da nossa cultura. Não é pra criticar as pessoas em si, mas sim o jeito que a gente as coloca num pedestal. Mostra como a gente tá sem rumo na hora de dar valor ao que realmente importa.
A paixão por fofocas e dramas de quem vive se expondo na internet vira um entretenimento que, muitas vezes, é mais importante que o conhecimento ou a arte de verdade.
A fama desses chamados “influencers” não vem de talento ou inteligência. É puro produto da algoritmia, da repetição e daquele prazer instantâneo que as plataformas digitais oferecem. Eles não criam nada que dure ou faça a gente pensar de verdade; só fazem “fast-food cultural” que sacia na hora, mas não alimenta a alma.
É fundamental a gente se perguntar: o que tudo isso diz sobre nós como sociedade? Se o que nos interessa é o trivial, o show da vida alheia sem substância, a gente tá caminhando pra um empobrecimento ainda maior do nosso senso crítico.
A supervalorização desses “ídolos” que surgem e somem rápido é um sintoma preocupante de uma cultura que prioriza a imagem sobre a essência, o superficial sobre o profundo.
É hora de acordar pra dar o verdadeiro valor à arte, à ciência, à leitura e a tudo aquilo que de fato enriquece o espírito humano e ajuda a construir uma nação mais forte e consciente.